INOVAÇÃO III

Olá amigos acompanhantes e leitores de nosso blog. Semana passada foi fera por aqui, e infelizmente não conseguimos publicar nenhum texto em nosso blog, mas agora estamos a fazê-lo.
O tema que estamos dando foco (e não focando) é INOVAÇÃO. Esse termo, por muitas vezes é mal interpretado dado às diversas óticas lançadas a tal palavra. Tentaremos pouco a pouco esclarecer melhor acerca disso, juntamente com vocês, nossos leitores, de modo a termos melhor entendimento e aproveitamento das oportunidades quando nos aparecerem.
Pelo humilde direcionamento que estamos dando ao tema da inovação por meio de nossos textos semanais, podemos observar que para termos uma inovação devemos passar por alguma forma de pesquisa. É importante termos claro de antemão, entretanto, que inovação não é invenção. Ou seja, nem toda invenção é uma inovação. Inovação também não é melhoramentos de métodos e processos exclusivamente ou aplicação de ciclo PDCA. Inovação vai muito além! Todavia, para darmos claridade às nossas idéias, bem como direcionamento a elas, tomemos inovação (por hora) como sendo algo novo, ou algo melhorado, como disse, apenas inicialmente. Em textos futuros abordaremos as diferenças entre inovação, invenção, melhoramentos, etc.
Como dizíamos, a inovação passa por pesquisa. Suponhamos então um sujeito que está na sua garagem de casa com suas ferramentas tentando desenvolver algo que resolva um problema seu, digamos que ele queira achar uma boa maneira de se cultivar pimentas em casa e quer fazer testes com vários tipos de plantas, terras, adubos e recipientes. Esse cidadão experimenta plantar algumas sementes diretamente no solo, outras sementes ele coloca em vasos tipo aquele de folhagens, alguns ele corta garrafas plásticas do tipo PET para experimentar como vasos e também para reutilizar as embalagens. Faz também algumas misturas com terras e adubo, irriga periodicamente e vai acompanhar após alguns meses, ou semanas o nascimento e desenvolvimento das plantas. Também decide construir um pequeno abrigo e colocar algumas mudas de sua planta de modo que dentro desse abrigo possa suprimir um pouco as variações de temperatura e suas fortes quedas, bem como da umidade. Após algum tempo ele verifica que houve uma combinação de experimentos que funcionou muito bem. Utilizando terra com um mistura especial de adubo, e plantando uma semente nesse composto em vaso de folhagem e mantendo em abrigo protegido (estufa) e também com as irrigações periódicas ele verificou ser essa a combinação de fatores mais positiva e assim conclui ser a melhor forma de cultivar suas pimentas no jardim de sua casa, mesmo sob o rigoroso inverno de sua cidade sulina.
Pois bem, essa pequena parábola mostra basicamente que se chegou a um resultado por meio de uma pesquisa. Embora esta tenha se realizada totalmente de maneira informal e sem métodos específicos, conseguiu se chegar a resultados satisfatórios, a novos meios e métodos de se obter os mesmos resultados ou resultados ainda melhores. Podemos concluir que seus vizinhos, utilizando a maneira tradicional terão pimentas cultivadas de qualidade inferior e em quantidade menor que a deste cidadão em questão. Assim partimos do caso específico para o geral, da parte para o todo, e vemos que este exemplo denota a realidade e o caminho pelo qual uma inovação passa.
Usando ainda o senso comum para o termo inovação, vemos que mesmo assim essa passou por uma pesquisa, apesar de empírica. Inovações ao acaso ou desenvolvidas empiricamente sempre aconteceram, e ainda acontecem, entretanto o "fruto do acaso" está cada vez mais raro. Atualmente as inovações tecnológicas demandam esforços de pesquisas não mais sob a forma de projetos, mas quase como a idéia de processos. Isto é, algo que acontece diuturnamente e não mais com começo, meio e fim. As tecnologias lançadas são facilmente superadas, o que demanda das empresas de bases tecnológicas constantes pesquisas e desenvolvimentos de modo a ter sempre "alguma" novidade.
Entretanto as empresas brasileiras ainda estão concentradas, na grande maioria, em apenas produzir e pouco em desenvolver. E desenvolvimento exige pesquisas. A realidade dos Tigres Asiáticos (novos e antigos) E.U.A, Japão entre outros, é de o pesquisador de alguma forma estar atuando dentro das realidades fabris das empresas pesquisando e desenvolvendo tecnologias. Seja por contratação da própria empresa, seja por meio de institutos de pesquisa e universidades em parcerias com as corporações.
No Brasil, entretanto, essa é uma realidade distante. Um abismo gigante se forma entre as empresas e as universidades. O ditado de que a teoria não vale nada, ou aquela frase "na prática a realidade é bem diferente da teoria" ainda é fortíssima nas empresas. Também a cultura de pesquisas nas universidades e nas demais escolas não é difundida e vista como castigo pelos alunos.
Embora estejamos atrasados sob esta ótica, é importante ressaltarmos que o Brasil figura entre os países que mais produzem artigos e publicações científicas. A despeito de estarmos exponencialmente longe do número de publicações dos E.U.A e Japão, e abaixo também da própria China, temos nos saído bem no cenário mundial (em termos de publicações e estudos). Entretanto, e como já dito, não conseguimos traduzir toda essa teoria, a pesquisa desenvolvida em tecnologia aplicada. Em outras palavras, há uma distancia descomunal entre as universidades que pesquisam e as empresas que produzem. Não está se traduzindo em benefícios todas essas publicações e descobertas científicas. Se por um lado falta apoio governamental, falta também a predisposição da iniciativa privada, é um círculo vicioso.
Assim, concluímos que é grande a importância da pesquisa no processo de inovação, destacando que a pesquisa informal, ou descobertas ao acaso estão cada vez mais escassas no terreno da inovação e que esta mesma inovação é e será um ponto fundamental para o desenvolvimento como um todo seja social, econômico ou ambiental.
É isso aí amigos, na próxima semana falaremos acerca da diferença entre inovação e invenção.
Forte abraço da equipe SEVEN.

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