A Invasão Chinesa: Tecnologia Acessível à Todos

Pode até ser que o Brasil esteja em altas cotas no cenário mundial, vai sediar o maior torneio mundial de futebol, e também as olimpíadas. Isso por si só já bastaria para colocar o nosso querido país em evidência. Fora isso tem o exemplo brasileiro para o mundo de controle da inflação (apesar do salto inflacionário de 2010 quando dos gastos desmedidos de 2009...), da melhoria geral da qualidade de vida do país entre outros aspectos. Entretanto, o Brasil parece estar a quilômetros de distância no que diz respeito a velocidade de transição e crescimento de nossa colega de BRIC, a China!


O objetivo aqui é sempre suscitar o pensamento crítico e não dar respostas definitivas de "certo"ou "errado" ou "sim " e "não". Desta forma lembremo-nos do antigo ensino ginasial das aulas de história onde se aprende que se estuda história para compreendermos o presente e assim também projetarmos um futuro melhor. É dessa forma, todavia, que se pode entender melhor a situação atual do Brasil frente a China e o restante do mundo.


O Brasil tem uma vocação extraordinária para as ciências da terra. Temos o maior e melhor agronegócio do mundo, temos a maior diversidade e potencialidade florestal, temos a maior capacidade de produção de todo e qualquer tipo de alimento necessário. Claro, historicamente se pode constatar isso, através do cultivo e do aproveitamento das fartas e ricas terras brasileiras, de sua insolação anual do seu clima variado e da multicultura que forma sua nação. Desta forma e neste ponto deve ser destacado a posição de vanguarda brasileira.


Mas no que diz respeito às demais tecnologias, não há muito a comemorar, por enquanto. E mais ainda, no que diz respeito à transferência de tecnologia ao povo em si, comemora-se menos ainda. Vejam, por exemplo, os carros chineses invadindo o mercado nacional. Carros com todos os acessórios e equipamentos que para o brasileiro é opcional, vêm como sendo itens de série, isto é, você compra o carro e ele vem com tapete! Incrível...! Além de todos os outros aparatos tecnológicos e de segurança de praxe dos veículos chineses.


Alguém pode afirmar: _ "Tá, mas o carro chinês não se compara ao carro europeu, japonês ou americano, no que diz respeito a segurança, por exemplo." Mas quem diz que o carro brasileiro se compara? Já viram o crash-test dos veículos nacionais? Que não vêm nem com air-bag nem freios ABS?


Bom, por que toda essa volta no texto, ondese qero chegar? Sendo assertivo ou não pode-se dizer assim: o brasileiro acha que no estrangeiro é melhor. Há um pensamento que nos Estados Unidos e na Europa a vida é melhor, as pessoas são melhores, mais educadas, mais inteligentes, etc. Hoje está um pouco mudado, mas quantas e quantas vezes, se via empresas enviando seus produtos de primeiríssima linha para exportação, enquanto para o mercado interno ficava aquilo que era tido como de má qualidade para o estrangeiro? A frase ouvida era e ainda é: _ "esse produto é para exportação, e não pode ter nenhuma falha. Se tiver algum defeito ou falha, vai para o mercado interno.". Isso é um fato, e uma recorrência histórica, nós brasileiros achamo-nos inferiores.


Outro exemplo famosos é aquele da mãe toda orgulhosa falando para amiga do filhinho que vai para os Estados Unidos ou Europa para trabalhar de garçom, babá, ou limpando banheiros! Não que isso seja demérito, nada disso! Mas se o filho queridinho fosse fazer isso aqui no Brasil seria o fim-do-mundo, o Apocalipse anunciado! Quem mora no campo se sente inferior aos que moram na cidade, quem mora na cidade pensa ser inferior aos que moram na capital do estado, quem mora na capital, tem São Paulo e Rio de Janeiro como centros de excelência, e estes por sua vez falam de Nova York, Paris, Berlin, Tóquio, entre outras.


Parece também que há uma cultura de competição interna de não querer que o coletivo cresça, para que eu possa me sobressair ante aos demais. Parece de certa forma, que o rico tem inveja do pobre, e se o pobre tiver em seu carro as mesmas coisas que ele possui no dele, tudo estará no mesmo nível. É uma impressão apenas, mas parece que é isso que acontece.


Frente a isso, vemos que a China, então, ganha o mundo, deselitizando benefícios concedidas as classes "superiores"e enquanto o Brasil se preocupava em manter as divisão bem acentuada, a China se preocupava em produzir riquezas para sua nação. Assim, a China dominará as transações comerciais do mundo, certamente causará ao mercado brasileiro um impacto semelhante ao causado pelo governo Collor com a abertura do mercado na década de 90.


Entretanto este assunto demanda outras questões e reflexões acerca do país como um todo, e da imensa ,inchada e insana máquina estatal brasileira. Todavia, é valido o pensamento e uma mudança, primeira na auto-estima enquanto povo brasileiro, de que moramos no melhor país do mundo e por tal também merecemos as melhores condições, e não apenas o trivial. Não somos uma nação superior a nenhuma outra, longe do ideário ariano dos nazistas, mas longe também estamos de ser inferiores, e por tanto, não devemos pensar como tal.


Caros amigos, um forte abraço à todos!



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