TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE

Caros amigos, uma boa semana à todos.


Gostaria de abrir a discussão desta semana com um tema bastante polêmico e que, "por algum motivo especial" tem recebido forte atenção da mídia como um todo. O assunto ao qual fazemos aqui referência, é o novo código florestal brasileiro. Embora esse seja o tema queremos propor, a partir dele, uma reflexão talvez não mais profunda, mas com certeza mais extensa e que veremos a seguir.


Sem entrar muito no mérito da questão, o atual código florestal brasileiro inviabiliza a pequena propriedade de promover sua sustentabilidade própria. Há com a lei atual (se for cumprida à risca) uma rigidez incrível, que massacra o pequeno produtor, quase na totalidade familiar e de subsistência.


Mas o objetivo deste texto não é o código em si e o qual julgamos necessário sua revisão urgente. Nossa intenção é lançar um olhar à transferência de responsabilidades que infelizmente o brasileiro faz por meio de seus atos, ou a falta deles. De maneira geral assume-se por conta da enraizada cultura, que o os problemas sociais são culpa do governo, ou outrem: problemas no trânsito, culpa do governo! Mas todo o brasileiro é doente por carros e todo mundo quer o seu e andar com ele todos os dias!


Falta segurança? Culpa do governo e da polícia! Mas geralmente somos um povo que adora comprar produtos (novos ou usados) de procedência duvidosa, ou até mesmo sabendo que fora outrora surrupiado de algum lugar. DVDs piratas, equipamentos do vizinho "Paraguai" entre outros estão na imensa lista de objetos "mais baratos".


"Não aprendi nada na escola e na faculdade!" Culpa da Universidade e do Professor que não souberam ensinar, não havia estrutura, etc, etc, etc. de maneira infinita. Enfim, é sempre culpa dos outros, alguém tem culpa da situação a qual eu me encontro, mas essa culpa não é minha!



Está transferida a responsabilidade!



E o código florestal? Bom, o centro dessa discussão é o fato de, com o aquecimento global, culpa-se, entre outras coisas, o desmatamento como um dos fatores para tal, e até entendemos como verdadeira a abordagem, porém incompleta. Justificativa: incompleta pelo fato de que os maiores poluidores não estão na zona rural, mas sim na urbana, principalmente com os automóveis o estilo de vida moderno consumista!


Pergunta-se:


· Estão aonde as matas ciliares dos rios que cortam os centros urbanos?


·As várzeas e encostas estão todas livres de ocupação e são cobertas por sua vegetação que lhes deveriam ser inerentes?


·Há um sistema bom de coleta de dejetos residenciais?


· Há coleta seletiva do lixo e os mesmos são depositados de maneira tal a atender a legislação, bom senso e a vida no planeta?


· Você aí usa o máximo possível de transporte coletivo e não fica acelerando seu carro (quando está com ele) no semáforo fechado, e também o mantém em plenas condições de uso de modo a emitir o mínimo possível de poluentes?


· ...?


· ...?


É isso que queremos dizer com transferência de responsabilidade! A culpa nunca é nossa? A culpa é do governo, políticos, autoridades, vizinhos, mas não minha!


Enfim amigos, creio que este tema é polêmico e se formos avante cairemos no campo da ética e ainda, por enquanto, não é esse nosso objetivo.


Queremos lançar idéias. O debate é algo importantíssimo para a sociedade, e a SEVEN se lança à frente destas questões para mostrar que a sustentabilidade vai além do retorno financeiro. Estamos trabalhando nisso!


Abraço à todos!


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