QUALIDADE VI

Caríssimos amigos e leitores, saudações!


Hoje faremos nossa última abordagem, pelo menos nessa série, sobre o tema da qualidade nas organizações. E para encerrar vamos destacar a importância de tratar desse assunto de maneira profissional a partir de uma das premissas mais básicas para um sistema como tal, que é a tomada factual de decisões.


Tomada factual, implica obrigatoriamente na tomada de decisões baseada em fatos consistentes e não em fatos isolados ou baseados em previsões inconsistentes sem uma fundamentação plausível. Decisões tomadas na base do "achismo" ou de acordo com uma moda passageira, conduzirão a empresa ao desenvolvimento de uma imagem insólita e pouco confiável perante os seus clientes e à sociedade de maneira geral.


Tipicamente as decisões no contexto da qualidade possuem como sustentáculo, principalmente números de uma estatística conduzida sistematicamente e sempre realimentada. Pesquisas análises, melhorias, são os alimentadores e geradores de valores quantitativos e qualitativos de modo a se diagnosticar a situação atual e dar base para as mudanças necessárias ou não.


Desta forma, torna-se imperativo o acompanhamento da situação atual, bem como os registros pertinentes. Sempre se inicia uma melhoria a partir de um histórico de acontecimentos e, portanto, a análise e os registros de hoje, tornar-se-ão o histórico do amanhã. Quando não existe registro algum, pouco há o que se fazer a não ser programar uma sistemática de coleta de informações para a geração desse histórico mínimo, provedor de subsídios para decisões. Impreterivelmente, aparecerão aí os primeiros indicadores do Sistema de Qualidade, e que serão os termômetros da organização como um todo, ou de uma situação em particular.


A implantação de um SGQ não é algo trivial, pois exige acima de tudo, disciplina e comprometimento por parte de toda a equipe, a começar pela alta direção da empresa. Um velho ditado latino diz que: "As palavras movem, mas os exemplos arrastam", assim uma Direção comprometida, verdadeiramente, com a qualidade da empresa, inspira todos os integrantes à buscarem as superações para atender os requisitos da qualidade, e acima de tudo, acreditem, para melhorar a imagem da empresa perante toda à sociedade, de modo a sentirem orgulho de fazerem parte daquela organização.


Essa disciplina e comprometimento desenvolverão a cultura da qualidade. Permitirá o desenvolvimento e o fortalecimento reais dos demais pilares da qualidade, dentre eles o de melhorar continuamente. Até os anos 70 a ordem do sistema era a produtividade. Produzir mais com os mesmos, isso era o que diferenciava as empresas, pois a demanda era alta e a oferta nem tanto. A partir da década de 70 até final dos anos 90, o imperativo era a qualidade.




Fonte: Produtividade Alavancada Para a Competitividade - PROMINP - Lydia Lopes Correia da Silva


O diferencial das empresas estava em quem ofertava com maior qualidade, naquele momento tínhamos alta demanda, mas também alta oferta, e o diferencial fora acentuado pela qualidade, mas sem deixar de lado a produtividade. Vejam que, ênfase passou para a qualidade, pois produtividade já era algo subentendido para as organizações, ou seja, algo trivial, com dispêndio de forças de forma natural para isso. Por sua vez, o atual momento que podemos dizer ter início nos anos 2000, dá ênfase à competitividade, a oferta está muito, muito alta. A qualidade é algo intrínseco, já é algo trivial, que deve ser adotado sistemas de controle da qualidade como a própria contabilidade da empresa, por exemplo. Pode ser algo informal dentro da empresa, não há que se ter obrigatoriamente vistas à certificações, embora seja importante, todavia, tem que ser algo sistemático, consistente e perene, algo cultural.


Esse desenvolvimento cultural, a chamada cultura da qualidade, é a partir de ações constantes, que viram hábitos, que em conjunto formam a cultura da organização. Essa cultura afetará tanto o ambiente interno como o externo, isto é, a sociedade na qual a organização está inserida. Como já dissemos em textos anteriores, qualidade deve ser orientada por processos e ter uma visão sistêmica e, portanto, o ambiente externo afeta e é afetado pela organização. A figura abaixo mostra em linhas gerais essa visão de todo que a qualidade proporciona a partir o comprometimento da direção da organização.


Qualidade 2.JPG


Fonte: própria



Caros amigos, por hora sobre o tema qualidade, encerrou por aqui. Muita coisa ainda pode ser discutida e pontos particulares desse interessantíssimo tema podem ser abordados de maneira específica, como as ferramentas da qualidade por exemplo.


Ademais um forte abraço, continue nos acompanhando e na próxima semana abordaremos um tema novo!


Forte abraço da equipe SEVEN!

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