QUALIDADE III


Olá caríssimos amigos!


É-nos sempre uma grata satisfação poder escrever de modo que possamos estabelecer um meio, principalmente, facilitador do diálogo acerca de vários assuntos que dizem respeito à consultoria empresarial.


Nossas últimas publicações têm abordado o tema da Qualidade e suas implicações. Dando continuidade ao nosso raciocínio, abordaremos a seguir aquilo que mais é crítico e determinante no sucesso ou fracasso de um programa de qualidade dentro de uma organização, a saber: a Alta Direção.


É imprescindível começar a programar um SGQ pela alta direção da organização, pelo próprio aspecto da disseminação dentro da empresa e para garantir que as ações da qualidade aconteçam de fato. Haverá um SGQ de "fachada" se não houver o envolvimento do nível mais elevado na hierarquia da organização. Só a partir desse comprometimento se tem a disseminação da cultura da qualidade na empresa.


Nas empresas familiares, por muitas vezes, mas não somente nessas, a tomada da decisão pela adoção de um SGQ formal, frequentemente com vistas à certificação, não é uma decisão convicta da direção da empresa. Muitas vezes, é no nível gerencial que se detecta as reais necessidades e por acreditar piamente nos benefícios de um SGQ, levanta a bandeira de tal necessidade para a empresa. Por muitas vezes, é necessário convencer os diretores-sócios-administradores da organização das vantagens em se fazer abordagem por processos e ter uma visão sistêmica.


Todavia, muitas vezes, a direção da empresa não se convence, mas consente que sejam empenhados esforços para que se implante um SGQ e posteriormente se atinja a certificação ISO, por exemplo. A grande tragédia estará instaurada desta forma. A direção da empresa está apenas consentindo que se realize um trabalho, não está delegando as funções da qualidade, mas sim, abdicando-as. Ou seja, a palavra é: "Façam, Executem, Implantem e Certifiquem..." totalmente fora do que a própria norma ISO 9001 apregoa que é passar para a primeira pessoa do plural, assim: "Façamos, Executemos, Implantemos, Certifiquemos, etc., puxados pela direção da organização.


O colaborador, de maneira geral, se empenha ao máximo para fazer a empresa crescer, ele quer que a organização na qual ele trabalha seja a melhor, a maior. Ele se empenha em fazer o SGQ funcionar de fato. Entretanto, quando ele percebe ou até mesmo vê, a alta direção ir de encontro ao próprio SGQ, isto é, agir de maneira contrária a este, passando por cima de normas internas, não observando requisitos, entre outros, esse mesmo colaborador se desmotiva, e aí começa a decadência do Sistema da Qualidade.


É comum ouvirmos funcionários dizendo: "mas se o dono da empresa não faz, por que eu tenho que fazer?" ou "meu chefe não se importa com controles, o que importa é a produção, então pra mim também!", frases como essas e muitas outras são comuns em empresas que têm o Sistema de Gestão da Qualidade apenas de "fachada".


Deste modo a alta direção da empresa, e que por suas prerrogativas, define os rumos desta, deve prontamente adotar a qualidade formal ou do contrário nem começar a implantar um SGQ que sabemos não funcionará, sob pena de definhar com o sistema antes mesmo que ele se desenvolva. O trabalho futuro para desfazer as más impressões e fazê-lo funcionar de fato será muito maior, além do custo financeiro exponencial.


Portanto amigos, a Alta Direção da empresa deve adotar o SGQ como um dos víveres desta de modo a dar o bom exemplo. Como diz a própria norma ISO 9001, convém a adoção de um sistema de gestão da qualidade pela alta direção da empresa e alta direção deve dar mostras de seu comprometimento com o Sistema de Gestão da Qualidade.


Abordaremos na próxima semana, algumas ferramentas que auxiliam o fator Qualidade!


Forte abraço da equipe SEVEN!

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